Inegável dizer, a Wall Street brasileira é a Avenida Paulista.
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Conheça a Avenida Paulista (texto do Wikipedia):
A Avenida Paulista é um dos logradouros mais importantes do município de São Paulo, a capital do estado homônimo. Está localizada no limite entre as zonas Centro-Sul, Central e Oeste; e em uma das regiões mais elevadas da cidade, chamada de Espigão da Paulista.
Considerada um dos principais centros financeiros da cidade, assim
como também um dos seus pontos turísticos mais característicos[2], a avenida revela sua importância não só como pólo econômico, mas também como centralidade cultural e de entretenimento. Devido à grande quantidade de sedes de empresas, bancos, consulados, hotéis, hospitais, como o tradicional Hospital Santa Catarina e instituições científicas, como o Instituto Pasteur, culturais, como o MASP e educacionais, como os tradicionais Colégio São Luís e a Escola Estadual Rodrigues Alves. Movimentam-se diariamente pela avenida Paulista milhares de pessoas oriundas de todas as regiões da cidade e de fora dela.
Além disso,a avenida é um importante eixo viário da cidade ligando importantes avenidas como a Dr. Arnaldo, a Rebouças, a 9 de Julho, a Brigadeiro Luís Antônio, a 23 de Maio, a rua da Consolação e a Avenida Angélica.
História
A avenida foi criada no final do século XIX
a partir do desejo de paulistas em expandir na cidade novas áreas
residenciais que não estivessem localizadas imediatamente próxima às
mais movimentadas centralidades do período, por essa época altamente
valorizadas e totalmente ocupadas, tais como a Praça da República, o bairro de Higienópolis e os Campos Elísios. A avenida Paulista foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima e do Dr. Clementino de Souza e Castro (na época Presidente do conselho de intendências da cidade de São Paulo, atual cargo de Prefeito) , para abrigar paulistas que desejavam adquirir seu espaço na cidade.
Naquela época, houve grande expansão imobiliária em terrenos de antigas fazendas e áreas devolutas, o que deu início a um período de grande crescimento. As novas ruas seguiam projetos desenvolvidos por engenheiros
renomados, e nas áreas mais próximas à avenida e a seu parque central
os terrenos eram naturalmente mais caros que nas áreas mais afastadas;
não havia apenas residências de maior porte, mas também habitações
populares, casebres e até mesmo cocheiras em toda a região circundante.
Seu nome seria avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, mas Lima declarou:
Será Avenida Paulista, em homenagem aos paulistas |
Joaquim Eugênio de Lima
(1845-1902), uruguaio, associou-se a João Borges de Figueiredo e João
Augusto Garcia e iniciaram a compra de terrenos no espigão entre os rios
Tietê e Pinheiros.
Em 1890 adquiriram na rua Real Grandeza (depois avenida Paulista) dois
terrenos de José Coelho Pamplona e de sua mulher Maria Vieira Paim
Pamplona e no mesmo ano mais dois lotes de Mariano Antonio Vieira e de
sua mulher Maria Izabel Paim Vieira. Depois adquiriram a Chácara Bela
Cintra de Candido de Morais Bueno. Toda a região local servia na época
de passagem de boiadas a caminho do matadouro. O plano da avenida foi
elaborado pelo agrimensor Tarquinio Antonio Tarant e, como deveria ser
plana, exigiu o aterro de um vale na atual avenida 9 de julho. A avenida
Paulista tinha cerca de três quilômetros de comprimento e trinta metros
de largura e era dividida em três faixas: uma para bondes, a do centro
para carruagens e a outra para cavaleiros, todas ladeadas por magnólias e
plátamos. O piso carroçável era coberto por pedregulhos brancos. Foi
inaugurada, juntamente com a linha de bondes em 1891. O bonde elétrico
chegou nove anos depois, em 1900. Em 1908 procedeu-se a uma reforma, com
novo calçamento, derrubada de quatro fileiras de árvores e alargamento
dos passeios, que foram arborizados com ligustruns e ipês.[3].
No fim do anos 20, seu nome foi alterado para avenida Carlos de Campos,
homenageando o ex-presidente do estado, mas a reação da sociedade fez
com que a avenida voltasse a ter o nome com o qual foi criada e é
conhecida até os dias de hoje.
A avenida foi aberta seguindo padrões urbanísticos relativamente novos para a época: seus palacetes possuíam regras de implantação
que, como conjunto, caracterizaram uma ruptura com os tecidos urbanos
tradicionais. Os novos palacetes incorporavam os elementos da arquitetura eclética
(tornando a avenida uma espécie de museu de estilos arquitetônicos de
períodos e lugares diversos) e dos novos empreendimentos
norte-americanos: estavam todos isolados no meio dos lotes nos quais se
implantavam, configurando um tecido urbano, diferente do restante da
cidade, que alinhava a fachada das edificações com a testada do terreno.
Isso fez com que a avenida possuísse uma amplidão espacial inédita na
cidade.
A avenida Paulista foi a primeira via pública asfaltada de São Paulo, em 1909, com material importado da Alemanha, uma novidade até na Europa e nos Estados Unidos.[4]
Esse perfil estritamente residencial da avenida permaneceu até meados da década de 1950,
quando o desenvolvimento econômico da cidade levava os novos
empreendimentos comerciais e de serviços para regiões afastadas do seu
centro histórico.
Durante as décadas de 60 e 70, porém, e seguindo as diretrizes das novas legislações de uso e ocupação do solo, e a valorização dos imóveis incentivada pela especulação imobiliária, começaram a surgir naquele local os seus agora característicos "espigões" - edifícios de escritórios com 30 andares em média[5].
Durante esse período, a avenida passou por uma profunda reforma paisagística. Os leitos destinados aos veículos foram alargados e criaram-se os atuais calçadões, caracterizados por um desenho branco e preto formado por mosaico português. O projeto de redesenho da avenida ficou a cargo do escritório da arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass, enquanto o projeto do novo mobiliário urbano da avenida foi assinado pelo escritório Ludovico & Martino.
Características
A avenida possui muitos restaurantes que recebem diariamente milhares
de pessoas que moram e trabalham na região. Nela se localiza o
conceituado Museu de Arte de São Paulo, o MASP, e também o Parque tenente Siqueira Campos, também conhecido como Parque Trianon. Possui faixas largas para pedestres e é servida pelas estações Brigadeiro, Trianon-Masp, Consolação (da Linha 2-Verde) e Paulista (da Linha 4-Amarela) do Metrô de São Paulo. Tem o edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a FIESP, que também abriga o Sesi, que, por sua vez, possui teatro para apresentações gratuitas como também biblioteca com acervo vasto e muitos livros novos, permitindo o empréstimo gratuito a qualquer pessoa que leve comprovante de endereço.
Em sua extensão está a maior concentração de consulados da cidade, tais como os da: África do Sul, Albânia, Argentina, Bélgica, Bolívia, Chile, Coreia do Sul, França, Índia, Itália, Japão, Jordânia, Líbano, Luxemburgo, Mônaco, República Dominicana, Síria, Suíça e Taiwan.[6][7]
É famosa também a antena do prédio da Fundação Cásper Líbero,
sendo a maior e mais alta da avenida e que chama a atenção devido à sua
iluminação amarelada. O mesmo prédio também é famoso por suas
escadarias, pelo Teatro Gazeta, pela sede da TV Gazeta, da Rádio Gazeta FM, da Faculdade Cásper Líbero e pelo cinema Reserva Cultural.
No seu conjunto arquitetônico, possuía vários casarões de famílias tradicionais de fazendeiros ligados ao café,
denominados por muitos, os Barões do café, assim como de novos ricos,
em sua maioria de origem árabe e italiana. Porem, em realidade, a unica
Titulada do Imperio Brasileiro a residir na avenida, em casa projetada
pelo arquiteto Victor Dubugras, em 1916, (nos dias de hoje endereço do polemico Edificio Baronesa de Arary), foi a Baronesa de Arary, Maria Dalmacia de Lacerda Guimarães, filha do Barão de Araras e avó de Cesario de Lacerda Coimbra, genro de Horacio Sabino e neto de Cesário Cecílio de Assis Coimbra. Poucos casarões ficaram, como é o caso da Casa das Rosas, uma obra do escritório do renomado arquiteto Ramos de Azevedo, para residência de sua filha, que atualmente é público, abrigando biblioteca e oferecendo exposições e lançamentos de livros. Clique aqui e veja fotos historicas dos palacetes
Na avenida também se localiza o Conjunto Nacional, complexo que abriga área comercial, com variado tipo de lojas, como a Livraria Cultura,
cinemas, e pontos de alimentação, assim como um prédio residencial.
Abrange o quadrilátero da Avenida Paulista, rua Padre João Manuel, alameda Santos e rua Augusta. Construído onde ficava o palacete residencial - igualmente projetado por Victor Dubugras ao redor de 1901 - da família de Horácio Sabino, cuja esposa, dona América Milliet Sabino, foi homenageada com a "Vila América", Jardim America como foi denominada, posteriormente, a região.
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