Muitos de nós recebem um nome ao nascer, nome este que perdura por toda a vida.
Aqueles que são adotados tem mais nomes. Eis que, quando estes descobrem suas origens, tem a vontade de utilizar o sobrenome de suas raizes biológicas.
Na verdade, poucas são as condições mais emocionantes do que a busca pela célebre questão: de onde eu vim?
A ausência de referências físicas torna o convite da jornada irrecusável. Então, muitos dos que se sentiam sem um "chão", passam a dançar uma espécie de ritual pessoal para o desvendar do grande mistério.
No campo da psicologia clínica, sem sombra de dúvidas, hoje estamos bem mais conscientes de que a maioria dos pacientes longamente
hipnotizados acabam se referindo a si próprios na terceira pessoa, da mesma forma como o
fazem as crianças pequenas. Eles vêem a si mesmos de fora de seus organismos
próprios, fora dos seus próprios sistemas sensoriais. A fim de obter mais do
exterior, e estes se ajudarem a escapar de sua personalidade física, alguns
deles, uma vez que no estado de clarividência, têm o costume curioso de se re-batizarem. O nome obtido no sonho incorpora-se
neles, ninguém sabe de onde, e por isso, eles insistem em ser chamados daquela
forma, enquanto o sono luminoso dura -. E isto prossegue com tanta intensidade
que eles se recusam a responder sob qualquer outro nome...
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